2015 foi um ano de conclusões no mundo dos videogames. Afinal, finalmente jogamos algumas das produções mais faladas nos últimos tempos, como “Metal Gear Solid V: The Phantom Pain”, “The Witcher 3: Wild Hunt” e, é claro, “Fallout 4”, que em tempo recorde se transformou de eterno boato em um disco de verdade nas prateleiras.
Mas e este ano, tá favorável? Para te situar nessa complicada equação em que o tempo livre sempre é inversamente proporcional à quantidade de bons jogos, o G1 elegeu seus 10 games mais esperados de 2016.
Vale lembrar que todos os games dessa lista tem PREVISÃO DE LANÇAMENTO para 2016. Ou seja, podem (e vão) rolar imprevistos. Vem com a gente.
Além de carregar na veia a filosofia de “fácil de aprender, difícil de dominar”, que a cada dia se prova mais divertida e convidativa, “Overwatch” tem um elenco de personagens carismático e representativo – uma decisão sábia em meio a exigências cada vez maiores em relação ao papel das mulheres e de minorias na cultura pop.
Se “Overwatch” é a esperança dos “shooters” de virar gente grande nos esportes eletrônicos, “Street Fighter V” quer fazer o mesmo pelos games de luta. A nova edição do jogo que começou com tudo isso lá na década de 1990 é a pedra fundamental da Capcom para um cenário forte, altamente competitivo e sim, mais popular.
“The Legend of Zelda” é um patrimônio dos videogames. Uma daquelas séries que não têm só uma legião de fãs ou milhões de dólares em vendas. Mas que influenciou praticamente tudo que conhecemos hoje como um game de aventura, dos calabouços temáticos aos chefes enormes e até à forma como usamos a mira nesse tipo de jogo.
Não é à toa que o próximo capítulo da jornada do herói Link, o primeiro em um mundo aberto, é um dos games mais cobiçados da Nintendo desde seu anúncio em 2013.
Todo carnaval tem seu fim. Mas o caçador de tesouros Nathan Drake ainda tem gás para botar seu bloco na rua, uma última vez, em “Uncharted 4: A Thief’s End”, nesse que promete ser um desfile de despedida em grande estilo do maior ícone recente do PlayStation.
Se o Xbox 360 tinha “Gears of War”, o PS3 tinha “Uncharted”. E se a série da Naughty Dog não conseguiu repetir o sucesso do multiplayer de seu rival, ela passou a ditar as regras de como desenrolar um game de ação cinematográfico, mas original; excitante, mas sem perder o bom humor. E essa fórmula volta com força total em “A Thief’s End”.
“Gears of War” é a segunda franquia mais importante do Xbox. E se “Halo” tá tranquilo e estreou com sucesso uma nova aventura no ano passado (leia aqui nossas impressões de “Halo 5”), não há mais tempo para mais nada. Este é o ano de voltar a serrar monstros que saem debaixo da terra como se não houvesse amanhã.
“Destiny” é um dos maiores mistérios do videogame moderno. Ok, a expansão “O rei dos possuídos” corrigiu problemas, fato, mas mesmo assim: como as pessoas conseguem jogar tanto um game em que aparentemente há tão pouco a ser feito? É a variedade de armas? O desafio das “raids”? Puts, deve ser a dança do Carlton.
Ninguém sabe direito, nem mesmo “The Division”, novo jogo com a assinatura do finado escritor Tom Clancy. O que ele sabe é que ele quer uma fatia dessa disposição dos jogadores, ah, isso sim.
Nós já vimos a série “Doom” ressurgir uma vez e não foi aquilo que podemos chamar de consenso. Muita gente gostou do clima de terror e dos sustos de “Doom 3”, mas muita gente ODIOU ter de equipar uma lanterna SEPARADA do resto das armas para poder enxergar UM PALMO na sua frente. Num game em que você precisa MIRAR E ATIRAR.
Bom, acho que você entendeu em que categoria eu me encaixo. Mas a boa notícia é que “Doom” está de volta e, desta vez, com um enfoque no mínimo correto naquela brutalidade moleque, naquela brutalidade marota. Aquele banho de sangue virtual que arrepiava os pelos da nuca de mamãe e de vovó, é verdade, mas que ajudava a botar no mundo a arte de ver videogames em 1ª pessoa.
Se você gosta de RPGs, de “Final Fantasy” mais especificamente, já deve estar acostumado a grandes números. Seja na hora das batalhas, nos milhares de dano do seu Bahamut, ou no próprio nome de cada jogo.
Mas “Final Fantasy XV” quis radicalizar essa lógica. É praticamente um RPG gonzo. Porque o game um dia conhecido como “Final Fantasy Versus 13” deve ver a luz do dia após quase DEZ ANOS desde seu anúncio.
Tempo é um assunto que interessa os finlandeses da Remedy. Primeiro, em “Max Payne”, você encarnava o Neo que existe dentro de você para colocar tudo em câmera lenta e desviar de balas. Depois, em “Alan Wake”, você via a realidade colidindo com a ficção em uma história de terror surrealista. E agora, em “Quantum Break”, você consegue manipular tudo isso, soltar poderes cronológicos sobre seus inimigos e ainda fazer um intervalo para assistir a uma sériezinha… dentro do próprio jogo!
Não é porque 2015 foi capaz de parir títulos como “Metal Gear Solid V” e “Fallout 4” que a indústria de videogames conseguiu se ver livre de todos os seus dramas. Ainda vamos precisar de algumas sessões ao divã neste ano, já que a chama da esperança ressurgiu na E3 do ano passado e o projeto “The Last Guardian” ganhou nova data de lançamento: um belíssimo (e infelizmente vago) 2016.
Toda a expectativa sobre o game reside no selo de qualidade Fumito Ueda, cabeça da Team Ico. É um peso e tanto, ainda mais se considerarmos que o game designer japonês não tem tantos títulos no portfólio. Mas quem mandou criar duas das experiências mais autorais e tocantes em termos de jogos eletrônicos?
Então faça suas preces para que os astros se alinhem e “The Last Guardian” finalmente veja a luz do dia em 2016. Para que todos possam regojizar mais essa obra-prima de Ueda, ou para que simplesmente toquemos a vida.
Fonte: Do Portal G1 Games