Medicamentos genéricos – Podemos confiar?

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O Brasil é hoje o sexto maior mercado de medicamentos genéricos do mundo, atrás dos Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França.

Esse segmento cresce acima de 10% ao ano e movimenta aproximadamente US$ 200 bilhões no mundo.

Segundo a PróGenéricos – Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos.

Desde a criação do programa de medicamentos genéricos no Brasil, este é um tipo de medicamento que se faz presente na vida de milhares de brasileiros.

Principalmente, por ter um custo mais acessível. O que, muitas vezes, também acaba sendo motivo de desconfiança.

Afinal, se é mais barato será eficaz no tratamento? Posso confiar?

Os medicamentos genéricos existem e são comercializados há um bom tempo, só no Brasil são mais de 22 anos.

Já nos Estados Unidos, essa história teve início no começo dos anos 60.

De lá para cá, são mais de 50 anos de uma indústria que, ainda hoje, não para de crescer em todo o mundo.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o órgão regulador que comprova a qualidade e eficiência dos medicamentos genéricos.

Para isso, eles passam por rigorosos testes de equivalência, que atesta se a composição do genérico é idêntica ao do medicamento de referência.

E teste de bioequivalência, que são os testes realizados em humanos.

Além disso, após a realização das contraprovas e aprovação final, a Anvisa ainda continua a monitorar os medicamentos genéricos.

Com o objetivo de avaliar a ocorrência de eventos adversos e problemas relacionados ao seu uso.

Por isso, como são fabricados comprovadamente com o mesmo princípio ativo, os medicamentos genéricos produzem o mesmo efeito terapêutico no organismo humano que os medicamentos de referência.

Então, neste momento você pode estar se perguntando: e onde está a “mágica” que faz o genérico custar menos?

O motivo para o custo mais baixo não tem a ver com a ação do medicamento.

Mas, sim com os altos gastos que a farmacêutica tem para desenvolver, realizar estudos clínicos (que levam anos para serem concluídos) e vender o novo produto.

Sem contar que, depois de aprovado, o medicamento de referência ainda precisa de muita publicidade e propaganda para “entrar no mercado”.

Somente assim ele conseguirá conquistar os consumidores, mas isso acaba gerando ainda mais gastos para a fabricante.

Após 20 anos de exclusividade, que é quando a patente sai de cena, a farmacêutica que produz o genérico não tem estes gastos.

E, assim, ela consegue colocar na prateleira produtos mais baratos para o consumidor.

O que os médicos pensam sobre os medicamentos genéricos

Em 2018, a PROTESTE (maior associação de consumidores da América Latina) divulgou um estudo que revela:

  • 58% dos médicos que responderam a pesquisa receita o medicamento genérico com frequência, enquanto apenas 4% nunca o prescrevem.
  • Além disso, para 56% destes médicos, os genéricos são tão eficazes quanto seus equivalentes de marca.
  • E 64% destes médicos não acreditam que eles possuem mais efeitos colaterais do que os de referência.

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas, devidamente habilitados, podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis neste blog possuem apenas caráter educativo.

 

Fonte: Viver Bem