Com a publicação do Relatório do Estudo de Transmissão para Eólicas Offshore, o Litoral Setentrional do Rio Grande do Norte firma-se como um polo de irradiação para a energia eólica offshore, e nesse cenário, Macau e Porto do Mangue despontam com um papel de protagonismo. O estudo mapeou 11 zonas de conexão cruciais para a instalação de infraestrutura elétrica, somando aproximadamente 59,7 km de extensão favorável à transmissão energética.
Essa região, historicamente marcada por atividades como a extração de petróleo e gás, a produção de sal marinho, a aquicultura, a agricultura irrigada, o turismo, a pesca artesanal (tanto em estuários quanto em mar aberto), a coleta de mariscos, a extração de lenha e as práticas agrossilvopastoris, vivencia agora uma significativa transformação, posicionando-se no epicentro da transição energética.
O potencial energético identificado é expressivo, com capacidade para escoar mais de 38 GW. Essa capacidade se distribui estrategicamente ao longo da costa, com 10,11 GW concentrados nos corredores que ligam Galinhos a Macau, e outros 12,44 GW abrangendo os municípios de Porto do Mangue até Tibau. Essa concentração de potencial nos corredores que incluem Macau e Porto do Mangue sublinha a relevância dessas cidades como pontos nevrálgicos para o desenvolvimento da infraestrutura de transmissão e para a materialização do potencial eólico offshore do estado. A outra parcela, de 15,60 GW, situa-se entre os municípios de Touros e Caiçara do Norte, complementando o vasto potencial da região.
Fonte: Diário do RN