Porto do Mangue: Prefeito Dino firma alianças estratégicas para impulsionar economia local com investimentos estrangeiros

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O cenário era a Praia de Ponta do Mel, mas o assunto passou longe do descanso turístico. Nesta semana o litoral de Porto do Mangue tornou-se o gabinete estratégico para um diálogo que pode alterar o eixo econômico da região. O prefeito Dino esteve reunido com uma comitiva que une o que há de mais sólido na pesquisa potiguar com o capital internacional interessado em solo brasileiro.

O encontro, intermediado pelo gerente de patrimonio, Jean Baptista da Prefeitura de Porto do Mangue e o Professor Vinicius Claudino, docente da UERN em Mossoró, não foi protocolar. Estavam à mesa — ou melhor, à beira-mar — stakeholders vindos da China e de nações africanas. O objetivo é claro e ambicioso: a instalação de uma cadeia produtiva de implementos agrícolas voltada especificamente para a agricultura familiar.

A presença do Professor Vinicius Claudino simboliza a academia saindo dos muros universitários para viabilizar negócios reais. O grupo de investidores e pesquisadores estrangeiros enxerga na Mesorregião do Oeste Potiguar o ambiente ideal para testar e produzir tecnologias de precisão. Não se trata apenas de vender máquinas, mas de integrar inteligência meteorológica ao cotidiano do produtor rural.

Para o prefeito Dino, a oportunidade é de ouro. Trazer uma indústria desse porte para Porto do Mangue significa geração de emprego direto e qualificação de mão de obra. É o tipo de investimento que fixa o homem no campo, mas com ferramentas que o século XXI exige. O interesse chinês e africano em investir em implementos para a pequena agricultura mostra que o mercado mundial acordou para a força da agricultura familiar brasileira.

O diferencial do projeto apresentado reside na tecnologia meteorológica. No semiárido, saber quando e como plantar não é apenas técnica, é sobrevivência econômica. A proposta dos investidores é criar uma linha de produção que ofereça ao agricultor equipamentos acessíveis e dados climáticos precisos.

Encerrado o diálogo em Ponta do Mel, o próximo passo é a formalização das etapas técnicas. Se a burocracia não travar a inovação, Porto do Mangue pode se tornar o hub de tecnologia agrícola da Costa Branca. É a gestão pública agindo como facilitadora, a universidade como ponte e o capital estrangeiro como motor. O Rio Grande do Norte agradece.

Fonte: Oportumanguense