A 18ª Vigilância Espacial da Força Aérea dos Estados Unidos emitiu um comunicado no dia 22 de março afirmando que o satélite meteorológico chinês Yunhai-1 02, lançado em 2019, explodiu e foi dividido em 21 peças em uma órbita de 780 quilômetros no dia 18 de março.
Quatro dias antes do comunicado, a 18 SPCS havia informado que o satélite meteorológico NOAA 17, lançado em 2002 pelos EUA, explodiu no espaço em 10 de março e produziu 16 fragmentos.
O site iNews destaca que a “competição entre China e Estados Unidos é enorme” e pergunta: “China e Estados Unidos estão competindo secretamente no espaço, testando suas próprias armas anti-satélite?”.
Vale lembrar que em 2007 os EUA alegaram que a China usou mísseis balísticos para derrubar um satélite meteorológico desativado a 856 quilômetros do solo. No início de 2020 os americanos estabeleceram um novo serviço denominado Força Espacial, que é essencialmente uma força usada em operações de satélite e anti-satélite.
Para intrigar ainda mais, o satélite chinês Yunhai-1 02 continua estável e enviando sinal normalmente mesmo após explodir e ser dividido em 21 peças.
“Uma das possibilidades levantadas é que algum dos destroços do satélite americano possa ter atingido o Yunhai-1 02. Apesar das chances serem pequenas, essa possibilidade existe já que o NOAA 17 orbitava em uma altitude em torno de 800 km, próxima a altitude do Yunhai-1 02, que orbitava a cerca de 780 km do solo”, explicou o astrônomo Marcelo Zurita para a reportagem do Olhar Digital.
“A observação dos fragmentos dos dois satélites nos próximos dias pode ajudar a determinar as possíveis causas da fragmentação”, completou ele que é presidente da Associação Paraibana de Astronomia – APA; membro da SAB – Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Bramon – Rede Brasileira de Observação de Meteoros – e coordenador regional (Nordeste) do Asteroid Day Brasil.
Fonte: Olhar Digital