Se para você jogar videogame sempre foi sinônimo de entretenimento, fique sabendo: este cenário cresceu e mudou bastante. Já ouviu falar em eSports – esporte eletrônico? Isso mesmo, esporte! Esta é a concentração de um time de cyberatletas campeões; e como qualquer atleta, eles também seguem uma rotina de treinamentos, dedicação e muita disciplina.
Para quem ainda questiona o fato de jogos eletrônicos serem considerado esporte de verdade, basta lembrar outras modalidades em que o jogador também usa muito mais a cabeça do que o corpo – talvez o xadrez, o esporte da mente, seja o maior exemplo. Outro esporte olímpico também que não causa grande desgaste físico, mas se baseia em habilidade é o tiro. Isso sem contar os campeonatos (nacionais e internacionais), as ligas, os torcedores, patrocinadores e toda estrutura envolvida. É esporte…
Para quem não conhece, um time de League of Legends tem cinco jogadores – cada um com sua posição e função bem específica dentro do jogo. Com apenas um dia de folga na semana, é aqui que eles passam a maior parte do tempo: em frente ao computador. Até conversam entre si, mas sem tirar os olhos da ação… Mais interessante é que assim como qualquer time de outro esporte, existe também um técnico que comanda a equipe.
O esporte eletrônico cresceu bastante nos últimos dos anos no Brasil. Mas ainda fica atrás da organização e estrutura que os cyberatletas americanos e europeus têm a seu favor. Mas a verdadeira Meca do esporte eletrônico é a Coréia do Sul; lá existe até canal de TV aberto para transmitir as partidas. Praticamente todas as grandes empresas do país patrocinam e associam seus nomes a times de eSports. Os prêmios são milionários e as partidas são disputadas em estádios exclusivos para jogos eletrônicos…
Oito times disputam o Campeonato Brasileiro de League of Legends, o mais importante do ano. Toda a preparação da equipe é voltada para esta competição. Mas existem também ligas amadoras, uma espécie de segunda divisão, que dão acesso à liga principal. No início do ano, este estúdio de 350 metros quadrados foi inaugurado exclusivamente para transmissão das partidas, que contam com a participação de apresentadores, comentaristas e inclusive narradores.
E se para os patrocinadores o que importa são arenas lotadas, em 2014, a temporada teve mais de cinco milhões de espectadores online e mais de 17 mil pessoas presentes nas quatro etapas regionais. Em 2015, a final da segunda etapa do campeonato será disputada no novo estádio do Palmeiras, em São Paulo, com expectativa de público de mais de 12 mil presentes. Por si só, esses números deixam muito esporte para trás…
O cyberatleta brasileiro tem várias formas de ganhar dinheiro; além do salário do time, do apoio da desenvolvedora do game, a principal fonte de renda são as transmissões patrocinadas…
Mas, em um mês “bom”, estes cybeatletas chegam a ganhar entre oito e dez mil reais. E não é só dinheiro que eles ganham; o reconhecimento pelos fãs de eSports, assim como em qualquer outro esporte, também é real. Distribuir autógrafos faz parte do dia a dia desse pessoal.
Fonte: Olhar Digital