A primeira greve da gestão Fátima Bezerra (PT) já tem data para acontecer. Os servidores da saúde pública do Rio Grande do Norte decidiram paralisar atividades a partir do dia 5 de fevereiro por tempo indeterminado. A categoria bateu o martelo sobre a greve após uma reunião nesta quinta-feira (24) convocada pelo Sindicato dos Servidores em Saúde (Sindsaúde-RN).
Os trabalhadores da área reivindicam a conclusão do pagamento do décimo terceiro salário de 2017 (para quem ganha acima de R$ 5 mil), décimo terceiro de 2018, bem como as folhas de novembro e dezembro de 2018. O sindicato é contrário ainda ao parcelamento de salários –medida tomada pela governadora Fátima Bezerra como forma de conter a crise financeira no RN.
De acordo com o Sindsaúde, as audiências com o governo não apresentaram avanço para resolver a situação da categoria. No último dia 10, o Executivo estadual adiantou 30% do salário de janeiro para algumas categorias do funcionalismo público, mas segundo a diretora do Sindsaúde, Rosália Fernandes, boa parte dos servidores da saúde teve o adiantamento retido em virtude de dívidas com agências bancárias.
“A gente encontra relatos de pessoas que pagam a conta de luz em um mês e a conta de água no outro. Nós inclusive fizemos uma campanha de arrecadação de alimentos porque os servidores estão passando fome e chegam chorando à sede do sindicato. Estamos no limite do limite”, acrescentou a sindicalista.
O Sindicato dos Servidores em Saúde do RN convocou uma manifestação pública no dia 5 de fevereiro em frente ao prédio da Governadoria para marcar o início da greve.
